Autoestima e o “Eu Interior”, Uma Relação Complexa

Autoestima e o “Eu Interior”, Uma Relação Complexa

Frequentemente, encontramo-nos equivocados quanto à compreensão da autoestima. Há uma tendência em associar uma autoestima saudável à ideia de alguém que “tem tudo sob controle” — alguém que não sofre, não enfrenta desafios, mantém sempre uma postura gentil, nunca demonstra irritação, e talvez nunca derrame lágrimas. Existe a expectativa de que não exibam comportamentos considerados socialmente inaceitáveis, como o uso de palavras obscenas ou atitudes anti-sociais.

No entanto, é importante destacar que a verdadeira autoestima não decorre da conformidade às normas sociais. Ela não se fundamenta na representação de um papel de super-heroína ou super-herói, no qual suprimimos nossas emoções. Não se resume a esforços contínuos para agradar a família, seguir padrões religiosos, adaptar-se às exigências escolares ou satisfazer as expectativas dos colegas de trabalho.

 

A Essência do “Eu”

De fato, a autoestima é inerente a si mesma. A definição do Eu transcende para a essência mais íntima de nossa identidade, representada pelo Eu Autêntico. Este conceito, equiparado à alma, encontra respaldo em renomados líderes da saúde mental, como Carl Jung. É importante observar que essa concepção não está vinculada a termos religiosos específicos, mas, sim, reflete uma linguagem que explora as profundezas essenciais e inexprimíveis da personalidade.

Mesmo quando nos faltam palavras para descrever essa essência profunda, é possível reconhecer quando a estamos experimentando. Nesse estado, sentimo-nos ancorados, habilitados a articular e regular emoções desafiadoras graças a um profundo senso do “Eu”. Surge uma convicção profunda de que, independentemente do que a vida nos reserve, estamos destinados a explorar e compreender essa essência intrínseca.

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A Complexidade das Emoções: Desmistificando a Autoestima

Isso não implica que nunca experimentemos ansiedade, profunda tristeza, raiva, confusão, remorso ou arrependimento, ou qualquer uma das diversas e intensas emoções que podem surgir individualmente ou de forma combinada. As emoções constituem uma parte fundamental da experiência humana. No mínimo, o Eu representa a essência completa da humanidade.

A autoestima não pressupõe a ausência de emoções. É imperativo abandonar a crença equivocada de que ter a estima elevada significa estar isento de sentimentos. Autoestima significa valorizar, considerar-se digno e respeitar a própria humanidade. Isso implica permitir-se ser autêntico, sem evitar a natureza essencial de quem somos.

Além disso, a autoestima não implica necessariamente a adoção dos valores específicos de nossos sistemas familiares, uma vez que muitas famílias enfrentam disfunções. Surpreendentemente, algumas pessoas com autoestima robusta emergiram de ambientes familiares disfuncionais, realizando o trabalho de descobrir o Eu além das camadas de disfunção que carregaram ao longo dos anos.

Mesmo em ambientes aparentemente funcionais, a autoestima não pode ser imposta a uma criança, pois é algo que precisa ser descoberto e cultivado individualmente.

 

Além dos Ambientes: Descobrindo a Essência da Autoestima no Eu Autêntico

A autoestima não se origina exclusivamente em ambientes domésticos, religiosos, escolares ou profissionais considerados funcionais. Embora esses contextos possam oferecer suporte à autoestima, não têm o poder de criá-la. A construção da autoestima está intrinsecamente ligada à descoberta e à subsequente vivência do Eu autêntico.

A verdadeira autoestima é ancorada na convicção de que nosso valor como seres humanos é inerente, não derivando da conformidade com agendas sociais vigentes. Nossa dignidade advém do simples fato de estarmos vivos. Diferentemente da maneira como avaliamos o comportamento dos animais, raramente ou nunca questionamos o valor de uma árvore ou flor com base em seu crescimento ou ausência dele. Geralmente, reservamos essa capacidade de questionamento apenas para os seres humanos.

Embora seja necessário lidar com as consequências legais para aqueles que desobedecem à lei, isso não implica em considerá-los indignos. Cada indivíduo possui um “Eu” que pode ser descoberto e vivenciado. A verdadeira estima pelo “Eu” se manifesta ao honrá-lo através da vivência autêntica.

 

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